Autores: João Bosco
El manisero é son pregon
Si si
No me olvides corazón
No no
San Juan de Meriti
Si si
Vacilão, perito vacilão
Yo tambien soy mucho loco por ti
Abaeteipacaray
Ai, ai, ai, não tem paradeiro
To aqui, to lá no terreiro...
- Quem me quiser sou meieiro...
Autores: João Bosco & Abel Silva
Quem quer viver um amor
Mas não quer suas marcas
Qualquer cicatriz
Ah, ilusão, o amor
Não é risco na areia
Desenho de giz
Eu sei que vocês vão dizer
A questão é querer
Desejar, decidir
Aí, diz o meu coração
Que prazer tem bater
Se ela não vai ouvir
Aí minha boca me diz
Que prazer tem sorrir
Se ela não me sorrir também
Quem pode querer ser feliz
Se não for por um bem
De amor
Eu sei que vocês vão dizer
A questão é querer
Desejar, decidir
Aí diz o meu coração
Que prazer tem bater
Se ela não vai ouvir
Cantar, mas me digam pra quê
E o que vou sonhar
Só querendo escapar à dor
Quem pode querer ser feliz
Se não for por amor
Autores: João Bosco & Aldir Blanc
Sou caçador de tesouros
Nas minas do mar.
Mouro, tive ambição, mas
Aprendi que safiras, cristais,
Cordas podres,
Pro mar são iguais.
Mar,
Os malditos tumbeiros,
As proas de impérios,
Dilataram teu seio, é,
E ergueram teu pênis
De sombra e mistério:
És o homem e a mulher.
Tanto azul
E as espadas do sol,
Tanto arpão
Mas o pólen do adeus
Fecundará na saudade a sedução.
Sou peregrino
No amante de todos os rios,
Nos atóis e corais, é,
No crepúsculo piso
Em recifes e escamas
Com as águas em chamas.
Noite,
O escafandro penetra
No útero-mar
E a lua no cio é
Uma loba que o leite
Ao gozar cai no mar
E expande a maré...
Essa cor, de esmeralda-manhã,
Vai virar mil turquesas do Irã
- Se venta assim, ouço a voz do muezim: ...
Autores: João Bosco & Abel Silva
Coração
Sem perdão
Diga, fale por mim
Quem roubou toda minha alegria
(o amor me pegou)
Me pegou pra valer
Aí que a dor do querer
Muda o tempo e a maré
Vendaval sobre o mar azul
Tantas vezes chorei
Quase desesperei
E jurei nunca mais seus carinhos
(ninguém tira do amor)
Ninguém tira, pois é
Nem doutor, nem pajé
O que queima e seduz, enlouquece:
O veneno da mulher
O amor quando acontece
A gente esquece logo
Que sofreu um dia
Ilusão
O meu coração marcado
Tinha um nome tatuado
Que ainda doía
Pulsava só a solidão
O amor quando acontece
A gente esquece logo
Que sofreu um dia
Esquece sim
Quem manda chegar tão perto
S era certo outro engano
Coração cigano
Agora eu choro assim
Autores: João Bosco & Aldir Blanc
Molambo: o lodo lodo-flor,
O fado da incerteza...
Molambo: o riso da mambembe beleza.
Molambo batucou
Molambo bamboleia
Bulindo o lixo
Esmolambando uma ceia
Ai ai ai ai ai ai ai ai ai ai guantanamera
guenta .. manera
molambabamba
Ai ai ai ai ai ai ai ai ai ai tá bom
Hum! bom de
Malambuzar...
Se cai não perde a fé;
É do candomblé,
É da molambento parangolé
Oba, cumbaoba, do Caribe quem é
incendeia
Molambailou à luz que pega na veia.
Autores: João Bosco & Capinan
Agora brilha a lua azul
Chama o pirata pra dançar
Sobre o teu dorso quase nu
Não tem bandeira navegar
Vou inventar outro país
Lugar pra nunca mais sair
Um mar, que sei, não bate aqui
A dor não vai me encontrar
Eu sei que vou morrer de amor
Lá nas ilhas
Nas línguas do sol
Vou viver por aí...
Mas é você onde vou mergulhar
Mas sem fim do querer
Quero te amar aí
Ser feliz.
Autores: João Bosco
"Vou largar do mar
Vou morar na areia
Cheio de mama
De mama cheia"
Era um quê de égua e aço
Fiquei um dia de montar
No deitar cabelo
Na trilha, carreira
É pa-ca-ta-pa-ca-tá
Passa um trem de estrela
Pega a jardineira
Vou pra lá de Bagdá...
Sou do engenho, sou menino
Água de roda moinho
Costas no meu peito
Gostas do meu jeito
Na introdução dirás:
Ai ai ai ai ai ai ai ai i
É com banda, com bando
Curupacocorocô
Siriricatucá no batuque é bébé
Uma guitarra que sua, que geme e mais quer
Sororocaticá no batuque é bébé
Nas gerais diz que mamá no boi"cê não quer...
Autores: João Bosco & Aldir Blanc
Angra desolada, dia que não raia
Barcos submersos, rochas de atalaia.
Redes agonizam pelo chão da praia,
Lemes submissos, dia que não raia azul.
Nuvens de ameaça, lua prisioneira.
Águas assassinas, chuva carpideira.
Volta ao porto o corpo morto
De outro moço:
Cruz de carne e osso
Que tentou fugir no mar.
Asas invisíveis sobre o meu silêncio
Facas dirigidas contra o que eu não tento,
E hoje o mar de Angra
Sangra dos meus olhos
Precipício aberto
De onde me arrebento.
Autores: João Bosco
"Porque o amor é como fogo,
Se rompe a chama
Não há mais remédio"
Foi por amar
Que ela iô iô iô
Se amasiou com a tal solidão do lugar.
Foi por amar
Que ela iô iô iô
Só pecou nas noites de sonho ao gozar.
Foi por amar
Que ela iô iô iô
Só ficou só
Ele a deixou
Só ficará... hum! Foi por amar!
Foi no altar
Que ela iô iô iô
Noiva que um andor podia carregar.
Foi no altar
Que ela iô iô iô
Dor que a própria dor de Das Dores será.
Foi no altar
Que ela iô iô iô
Não virá?
Não.
Ele virá...
Não, não virá... hum! Foi no altar
Era um lugar
Era iô iô iô
Salvador Maria de Antonio e Pilar.
Era um lugar
Era iô iô iô
Seixo que gastou de tanto esperar.
Louca a gritar
Ela iô iô iô
Esquecer, quem há de esquecer
O sol dessa tarde... hum! Sol a gritar.