Autores: João Bosco
Meu Brasil brasileiro
Quero ver quem pode
Ser santo sincero
Honesto sem ter
Nenhum entrevero
Com esse pagode
Pra-Catá-Ouvirundum
Quero algum que me acode!
Quem será que tem
Será que tem?
Quem tem não...
Não dá, dá?
Quem tem não dá
Autores: João Bosco & G. Perez
Quero viver uma vez mais
Esse amor que as margens
Lambe, invade e traz
Castanhas gotas de cristais
Teu rio à beira do meu cais
O amor é cego quando vê
Que é o coração quem sabe escolher
Haja razão pra entender
Esse simples querer
Olha pra mim
Um remanso por fim
Espelho d´água a refletir
Até que tudo resolva por si
Novas canções vão surgir...
Para viver uma vez mais
Outro amor nascente dessas ancestrais
Castanhas gotas de cristais
Que não morrem jamais
Autores: João Bosco
É um caminhão de coisa boa
Suba se quiser
É um coração que bate à-toa, à-toa
Fuja se puder
É uma lambada na "Da Boa"
Oh, Yeah!
Uma garota baila nua, na rua
Parando sobre a maravilha, a lua
Ó Magia!
E a noite tropical seguia...
U vou boiar
Desço pra afundar
Subo com a maré
Que a ralé me quer, quer
Calma calma mister
Calma mister, calma com a banana
Vê se leva um abacaxi
Já senti que a mão que afaga
É a mesma que afana
Quem falou, não tá mais aqui.
Autores: João Bosco
Aqui meu irmão
Ela é coisa rara de ver
É jóia do Xá
Retina de um mar
De olhar verde já derramante
- Abriu-se Sézamo em mim!
Ah, meu irmão
Áqualouca tara que tem imã
Mergulha no ar
Me arrasta, me atrai
Pro fundo do oceano que dá
Pra lá de Babá
Pra cá de Ali...
Pedra que lasca seu brilho
E queima no lábio
Um quilate de mel
E que deixa na boca melante
Um gosto de língua no céu
Luz, talismã
Misterioso Cubanacã
Delicia sensual de Maça
Saborosa Manhã...
Vou te eleger
Vou me despejar de prazer
Essa noite o que mais quero é ser
Mil e um pra você.
Autores: João Bosco
Mani
Manisero se vá
Mani
Manisero tem amendoim pra dar
Quem amor não retribui
Amor não terá amendoim
E o vento levou
Gilda e Laura
A Excalibur
A escrava Isaura...
Rochedo é um conjunto de rocha
É meia-bomba mas não broxa
O amor é amendoim
Autores: João Bosco
Encouraçado pato quentim
Sabe se vem do Pará
Ave metálica ao tucupi
Sabe se tem no angar
Zen! Rango que tem cheiro de flor
Bem jasmim... Louvado seja o tempero
Panuelo só se for em varadero
Autores: João Bosco
Cenário de cor
Beleza de luz
De pedra, de sal
Deitada no azul
Nos Braços da cruz
Te vejo infernal
Na barra que nem
Em Honolulu, Caxias, Xerém
Verão de Babel
No baixo da noite
Eu cruzo meu bem
Ô oba lá lá lá
Difícil sacar
Seu jogo de azar
Mais fácil entender
Alguém que só quer
Sua boca angorá, amor
Morena.
Autores: João Bosco
Na serra da barriga eu ouço a sabiá
Me banho na bacia do Recôncavo
Me dano porque corto a jaca na banda
Me ganham com perfume Cataratas do Amor
Menina eu já plantei
Um pé de manacá
Pra gente ir lá sarrar
Sarrar e se abraçar
Cada bacana tem sua levada
Com a boca torta, o som
A batucada assanhou...
E a batucada vem-que-vem danada
Força da raça, o povo, na alvorada cantou:
É Rosicler clarão na noite fechada
Bendito seja o pão e a graça que deus dá
Autores: João Bosco
Na serra da barriga eu ouço a sabiá
Me banho na bacia do Recôncavo
Me dano porque corto a jaca na banda
Me ganham com perfume Cataratas do Amor
Menina eu já plantei
Um pé de manacá
Pra gente ir lá sarrar
Sarrar e se abraçar
Cada bacana tem sua levada
Com a boca torta, o som
A batucada assanhou...
E a batucada vem-que-vem danada
Força da raça, o povo, na alvorada cantou:
É Rosicler clarão na noite fechada
Bendito seja o pão e a graça que deus dá
Autores: João Bosco
Veja como é branca e linda
Espumas de amor
Movimento eterno
Que agora em ti sou
Netuno no céu oceânico
Dominus no Mar Sacramento
Dentro de você
Navegando vou
Nau invento!
Tem curare
Canto Volare
Que o amor
o amor
o amor
Ah, o amor é o mar, é!
Morena gauguin
Mulata do Di
Com você eu só quero ir
Autores: João Bosco
Fiz ranger as folhas de jornal
Abrindo-lhes as pálpebras piscantes.
E logo
De cada fronteira distante
Subiu um cheiro de pólvora
Perseguindo-me até em casa.
Nestes últimos vinte anos
Nada de novo há
No rugir das tempestades
Não estamos alegres,
É certo,
Mas também por que razão
Haveríamos de ficar tristes?
O mar da história
É agitado.
As ameaças
E as guerras
Havemos de atravessá-las.
Rompê-las ao meio,
Cortando-as
Como uma quilha corta
As ondas.
Autores: João Bosco & Aldir Blanc
Meu coração tropical
está coberto de neve, mas,
ferve em seu cofre gelado
e a voz vibra e a mão escreve: mar.
Bendita a lâmina grave
que fere a parede e trás
as febres loucas e breves
que mancham o silêncio e o cais.
Roseirais! Nova Granada de Espanha!
Por você, eu, teu corsário preso
vou partir a geleira azul da solidão
e buscar a mão do mar,
me arrastar até o mar,
procurar o mar.
Mesmo que eu mande em garrafas
mensagens por todo o mar,
meu coração tropical
partirá esse gelo e irá
com as garrafas de náufrago...
e as rosas partindo o ar!
Nova Granada de Espanha
e as rosas partindo o ar!