Autores: João Bosco
Baby iê
Baby iê
Tutifrurê
Oriurê
Baby iê
Baby iê
Creole king
Pau é no ringue
Johnny-Batebronha é comigo
Alquenfras in birinaite eu castigo
Fogo no fausguéri meu bem
Pra repiende é só dá dois no trem...
Vamo pro beco ié, ié, ié
Anda no seco
X-Gare, é Roque Haroldo Oclóque
Is banjo no xote!
- Bote Babalú pra pular no pagode!
Autores: João Bosco & Aldir Blanc
É lá de Ramos a tal morena
Que fez Zé Zuza zureta
E debochava dos orixás
- mais dos exus!
Diante da tentação
Sacava do rosário
E arripiava em trote de avestruz...
Pois foi em Ramos que a tal morena
Fez o Zé Zuza zuretá
A moça em bamba dos Cacique
Iniciada de Iemanjá
- má leme, Yaô!
Mexia um balaio grande
Muito mais macio
Que o boto cor-de-rosa do Custo.
Vejam só:
O Zé Zuza cismou de ser pesquisador
E se mandou de gravador
Pro terreiro onde se desenvolvia aí a Yaô
Ô, laroiê!..
Deu umbigada na moça
Bebeu
Acendeu pio, fungou,
Zoiando Yaô o Zé Zuza zuretô:
- yô, yô, yô, yô, yô, yô, yô, yô, yô
Autores: João Bosco
Cacurucai eu to
Perengando to
De Aniceto é o jongo
Ô Donga Sinhô
O Sinhô Donga
E Gagabirô
Gagabirá
Ó zimba cubacubá
Ó zimba cubão
Zimba cubacubá
O zimbacu
Ô João da Bahiana!
Ô Candeia!
Ô Ya Quelé Mãe
Ô Mãe Quelé Mãe
Ya Quelé Mãe
Ô Clementina!
Ô Yaô Pi
Ô Piaô Zi
Yaó Xi
Ô Pixinguinha!
Ô Batista de Fá
Ô ária de Bach
Choro de Paulo da Viola!
Ô zimba cuba
Ô zimba cubão
Silas de Oliveira Assumpção!
Autores: João Bosco & Aldir Blanc
Cama arruma a cama arruma a cama
Cama arruma a cama arruma a cama
Cana apanha a cana apanha a cana
Cana apanha a cana apanha a cana
Trama arruma a trama arruma a trama
Trama arruma a trama arruma a trama
Tranca arromba a tranca arromba a tranca
Tranca arromba a tranca arromba a tranca
Zanga atiça a zanga atiça a zanga
Zanga atiça a zanga atiça a zanga
Fogo ateia o fogo ateia o fogo
Fogo ateia o fogo ateia o fogo
Ponta afia a ponta afia a ponta
Ponta afia a ponta afia a ponta
Canto apruma o canto apruma o canto
Canto apruma o canto apruma o canto.
os soldados vem buscá
os esclavo do sinhô
é preciso se cuidá
cum ataque do invasor
garra prá lutá
fossa pá cavá
lenha pá acendê
ramo pá cortá
fio pá tecê
arco pá fazê
pedra pá jogá
faca pá amolá
água pá fervê
vamos disfarçar vamos preparar vamos devolver
eh camacana eh camacana eh camacana eh
eh tramatranca eh tramatranca eh tramatranca eh
eh zangafogo eh zangafogo eh zangafogo eh
eh pontacanto eh pontacanto eh pontacanto eh
Autores: João Bosco & Aldir Blanc
Pulou o Brasil do tri
Pulou e tremeu de dor
Ao ver o pulo do gato cortado
Cortada a perna de luz, cortada
A claridade do raio de Xangô
Fechou o Brasil do tri
Tristetritrovejou
De dor o povo pulou pra frente
Semente o sangue do herói, sente
- Ô, pula João! Ô, Kawô, Xangô!
João como um João qualquer
João de sangue Afro-Tupi
De príncipe a escravo a preto-fôrro
De operário a novamente herói do morro
Aprendeu a resistir
Na favela, a tribo passa fome de cachorro
É um osso duro de roer
Mas toda a resistência corre em meu socorro
Valoriza, herói, todo sangue derramado Afro-Tupi!
Combate, Male! Dá três pulos aí Saci!
Se atira no espaço por nós, Zumbi!
Joga a chibata, João, no mar que te ampliou!
Ah, olha o raio de luz: Kawô, Xangô!
Nosso país infeliz também pulou.
Autores: João Bosco & Aldir Blanc
Quase que eu chamei o Sapaim
Tamanha a rebordosa
A overdose de veneno de cobra
Que a morena
Quando é Pomba Gira põe na prosa:
Congelar e derreter,
Sentir firmeza em cena
Se nessa fera um bicheiro leva fé,
Não entra em cana,
Pomba que entorta sacana:
Na sexta frota
Até Popeye roda a baiana
Gente, a minha história foi assim:
Sou verde e rosa
E fui bebemorar num botequim
A gloriosa
E lá no bar foi se encostando em mim,
Tão sestrosa
Rolinha e pomba de arrupiar,
Cascavel em pé de manacá
Minha timidez sumiu de mim,
Cantarolei: Ô Rosa!
Aí eu virei a dose e era veneno
Que a morena
Salivou no meu copo sem pena
Me abalou, tentei sambar
- Cadê firmeza em cena?
Me deu um sono e um suor
E eu, machão, fiz um berreiro
E hoje ex-viril-fuzileiro
Larguei a farda
E sou cambono em seu terreiro.
Autores: João Bosco
Sou João Balaio
Se eu tropico, eu não caio
E se eu cio
Eu não quero nem saber..
Autores: João Bosco & Aldir Blanc
Livre,
Na mãe africana,
Louvado o meu tantã!
Preso,
Marca a rebeldia,
Traz pra senzala
A luz do amanhã
Negro,
Meu São Benedito,
Tô nessa procissão
Ó Senhora do Rosário,
Vê meu calvário e minha aflição
Já guardei andor,
Já fui "burrinha" e Rei,
Já dancei
Lá da Praça Onze à Sapucaí,
Do Deixa Falar do Estácio ao Bafo do Catumbi
Samba é a voz que me guarda
Enquanto eu aguardo
A procissão se espraiar
De Santo Cristo a Oswaldo Cruz,
Esperando a vez do Morro
Se unir pra arrebentar.
Autores: Martinho da Vila & João Bosco
Odilê, odilá
O que vem fazer aqui meu irmão
Vim sambar
Ô di lê, ô di lá
Que vem fazer aqui meu irmão
Vim sambar, obá
Entra na corrente
Corpo, mente
Coração, pulmão
Pra junto com a gente viajar
Na energia-som
Que veio de longe atravessou raio e trovão
Pra cair no samba e receber a vibração
Odilê, odilá...
Com a negrada do Harlem Jesus Cristo
Também vem
E pra sair do transe só com sino de Belém
Que faz romaria e procissão, samba também
E quem ta comigo, ta com o povo do além
Odilê, odilá...
Quem samba, se sobe tem combá tem furufim
Teve um olho d´água
E um sorrido de marfim
Se volta beijada é pigmeu ou curumim
Vira um preto velho pra sambar com a gente assim
Odilê, odilá...
Preta velha bate pé, bate colhe levanta pó
Dá marafo pro Odilê e solta logo seu gogó
Odilá de madrugada nem sem viola ta só
Pois ta com axá da velha nega preta sua vó
Odilê, odilá...