4 de agosto de 2016 Artist Image

Cabeça de Nego – 1986

  • Bote Babalu Pra Pular no Pagode

    Autores: João Bosco

    Baby iê
    Baby iê
    Tutifrurê
    Oriurê
    Baby iê
    Baby iê
    Creole king
    Pau é no ringue
    Johnny-Batebronha é comigo
    Alquenfras in birinaite eu castigo
    Fogo no fausguéri meu bem
    Pra repiende é só dá dois no trem...
    Vamo pro beco ié, ié, ié
    Anda no seco
    X-Gare, é Roque Haroldo Oclóque
    Is banjo no xote!
    - Bote Babalú pra pular no pagode!

  • Drobra A Língua (Boto-Cor-de-Rosa em Ramos)

    Autores: João Bosco & Aldir Blanc

    É lá de Ramos a tal morena
    Que fez Zé Zuza zureta
    E debochava dos orixás
    - mais dos exus!
    Diante da tentação
    Sacava do rosário
    E arripiava em trote de avestruz...
    Pois foi em Ramos que a tal morena
    Fez o Zé Zuza zuretá
    A moça em bamba dos Cacique
    Iniciada de Iemanjá
    - má leme, Yaô!
    Mexia um balaio grande
    Muito mais macio
    Que o boto cor-de-rosa do Custo.
    Vejam só:
    O Zé Zuza cismou de ser pesquisador
    E se mandou de gravador
    Pro terreiro onde se desenvolvia aí a Yaô
    Ô, laroiê!..
    Deu umbigada na moça
    Bebeu
    Acendeu pio, fungou,
    Zoiando Yaô o Zé Zuza zuretô:
    - yô, yô, yô, yô, yô, yô, yô, yô, yô

  • Cabeça de Nego

    Autores: João Bosco

    Cacurucai eu to
    Perengando to
    De Aniceto é o jongo
    Ô Donga Sinhô
    O Sinhô Donga
    E Gagabirô
    Gagabirá
    Ó zimba cubacubá
    Ó zimba cubão
    Zimba cubacubá
    O zimbacu
    Ô João da Bahiana!
    Ô Candeia!
    Ô Ya Quelé Mãe
    Ô Mãe Quelé Mãe
    Ya Quelé Mãe
    Ô Clementina!
    Ô Yaô Pi
    Ô Piaô Zi
    Yaó Xi
    Ô Pixinguinha!
    Ô Batista de Fá
    Ô ária de Bach
    Choro de Paulo da Viola!
    Ô zimba cuba
    Ô zimba cubão
    Silas de Oliveira Assumpção!

  • Quilombo

    Autores: João Bosco & Aldir Blanc

    Cama arruma a cama arruma a cama
    Cama arruma a cama arruma a cama
    Cana apanha a cana apanha a cana
    Cana apanha a cana apanha a cana
    Trama arruma a trama arruma a trama
    Trama arruma a trama arruma a trama
    Tranca arromba a tranca arromba a tranca
    Tranca arromba a tranca arromba a tranca
    Zanga atiça a zanga atiça a zanga
    Zanga atiça a zanga atiça a zanga
    Fogo ateia o fogo ateia o fogo
    Fogo ateia o fogo ateia o fogo
    Ponta afia a ponta afia a ponta
    Ponta afia a ponta afia a ponta
    Canto apruma o canto apruma o canto
    Canto apruma o canto apruma o canto.
    os soldados vem buscá
    os esclavo do sinhô
    é preciso se cuidá
    cum ataque do invasor
    garra prá lutá
    fossa pá cavá
    lenha pá acendê
    ramo pá cortá
    fio pá tecê
    arco pá fazê
    pedra pá jogá
    faca pá amolá
    água pá fervê
    vamos disfarçar vamos preparar vamos devolver
    eh camacana eh camacana eh camacana eh
    eh tramatranca eh tramatranca eh tramatranca eh
    eh zangafogo eh zangafogo eh zangafogo eh
    eh pontacanto eh pontacanto eh pontacanto eh

  • João do Pulo

    Autores: João Bosco & Aldir Blanc

    Pulou o Brasil do tri
    Pulou e tremeu de dor
    Ao ver o pulo do gato cortado
    Cortada a perna de luz, cortada
    A claridade do raio de Xangô
    Fechou o Brasil do tri
    Tristetritrovejou
    De dor o povo pulou pra frente
    Semente o sangue do herói, sente
    - Ô, pula João! Ô, Kawô, Xangô!
    João como um João qualquer
    João de sangue Afro-Tupi
    De príncipe a escravo a preto-fôrro
    De operário a novamente herói do morro
    Aprendeu a resistir
    Na favela, a tribo passa fome de cachorro
    É um osso duro de roer
    Mas toda a resistência corre em meu socorro
    Valoriza, herói, todo sangue derramado Afro-Tupi!
    Combate, Male! Dá três pulos aí Saci!
    Se atira no espaço por nós, Zumbi!
    Joga a chibata, João, no mar que te ampliou!
    Ah, olha o raio de luz: Kawô, Xangô!
    Nosso país infeliz também pulou.

  • Samba em Berlim com Saliva de Cobra

    Autores: João Bosco & Aldir Blanc

    Quase que eu chamei o Sapaim
    Tamanha a rebordosa
    A overdose de veneno de cobra
    Que a morena
    Quando é Pomba Gira põe na prosa:
    Congelar e derreter,
    Sentir firmeza em cena
    Se nessa fera um bicheiro leva fé,
    Não entra em cana,
    Pomba que entorta sacana:
    Na sexta frota
    Até Popeye roda a baiana
    Gente, a minha história foi assim:
    Sou verde e rosa
    E fui bebemorar num botequim
    A gloriosa
    E lá no bar foi se encostando em mim,
    Tão sestrosa
    Rolinha e pomba de arrupiar,
    Cascavel em pé de manacá
    Minha timidez sumiu de mim,
    Cantarolei: Ô Rosa!
    Aí eu virei a dose e era veneno
    Que a morena
    Salivou no meu copo sem pena
    Me abalou, tentei sambar
    - Cadê firmeza em cena?
    Me deu um sono e um suor
    E eu, machão, fiz um berreiro
    E hoje ex-viril-fuzileiro
    Larguei a farda
    E sou cambono em seu terreiro.

  • João Balaio

    Autores: João Bosco

    Sou João Balaio
    Se eu tropico, eu não caio
    E se eu cio
    Eu não quero nem saber..

  • Da África à Sapucaí

    Autores: João Bosco & Aldir Blanc

    Livre,
    Na mãe africana,
    Louvado o meu tantã!
    Preso,
    Marca a rebeldia,
    Traz pra senzala
    A luz do amanhã
    Negro,
    Meu São Benedito,
    Tô nessa procissão
    Ó Senhora do Rosário,
    Vê meu calvário e minha aflição
    Já guardei andor,
    Já fui "burrinha" e Rei,
    Já dancei
    Lá da Praça Onze à Sapucaí,
    Do Deixa Falar do Estácio ao Bafo do Catumbi
    Samba é a voz que me guarda
    Enquanto eu aguardo
    A procissão se espraiar
    De Santo Cristo a Oswaldo Cruz,
    Esperando a vez do Morro
    Se unir pra arrebentar.

  • Odilê, Odilá

    Autores: Martinho da Vila & João Bosco

    Odilê, odilá
    O que vem fazer aqui meu irmão
    Vim sambar
    Ô di lê, ô di lá
    Que vem fazer aqui meu irmão
    Vim sambar, obá
    Entra na corrente
    Corpo, mente
    Coração, pulmão
    Pra junto com a gente viajar
    Na energia-som
    Que veio de longe atravessou raio e trovão
    Pra cair no samba e receber a vibração
    Odilê, odilá...
    Com a negrada do Harlem Jesus Cristo
    Também vem
    E pra sair do transe só com sino de Belém
    Que faz romaria e procissão, samba também
    E quem ta comigo, ta com o povo do além
    Odilê, odilá...
    Quem samba, se sobe tem combá tem furufim
    Teve um olho d´água
    E um sorrido de marfim
    Se volta beijada é pigmeu ou curumim
    Vira um preto velho pra sambar com a gente assim
    Odilê, odilá...
    Preta velha bate pé, bate colhe levanta pó
    Dá marafo pro Odilê e solta logo seu gogó
    Odilá de madrugada nem sem viola ta só
    Pois ta com axá da velha nega preta sua vó
    Odilê, odilá...

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