16 de setembro de 2017 Artist Image

Na esquina – 2000

  • Passos de Amador

    Autores: Rube Bloom-Johnny Mercer

    Tolos vão
    Onde anjos temem ir
    Por isso estou aqui, amor
    De coração na mão
    Sim, eu sei
    Posso sofrer
    Mas já não tenho, amor
    Nada a perder
    Tolos vão
    Em passos de amador
    Os sábios têm os pés no chão
    Não sabem do amor
    Foi te ver
    Não pude mais voltar
    Pois deixe no teu coração
    Um tolo entrar

  • Na Esquina

    Autores: João Bosco-Francisco Bosco

    Ah, eu fiquei...eu fiquei, eu fiquei, eu fiquei
    Eu fiquei, eu fiquei, eu fiquei, eu fiquei lá ( 2x )
    Eu fiquei na esquina, foi, foi na esquina
    Eu fiquei, eu fiquei, eu fiquei, eu fiquei lá
    Eu fiquei te esperando, foi, e ainda tô lá

    Você me deu sua palavra
    Disse que vinha me buscar
    Na rua do fique tranqüilo
    É com você que eu quero estar
    Eu enfeitei sua palavra
    E fui correndo te esperar
    Lá na esquina da promessa
    Com quem manda acreditar

    Ah, eu fiquei...

    Naquela tarde de setembro
    O sol indo dormir no mar
    Alguma coisa que eu não via
    Não parava de brilhar
    Eu olhei dentro dos teus olhos
    E vi um lago, um laço, um lar
    Minha melhor fotografia
    Eu nunca pude revelar

    Ah, eu fiquei...

    Quando eu senti que despencava
    Eu te pedi pra me ajudar
    Você jogou sua palavra
    Pra eu poder me segurar
    Tua palavra não é corda
    Só fui saber em pleno ar
    Teu coração não tem janela
    Pra você se debruçar

    Ah, eu fiquei...

    Eu hoje ando pelas ruas
    Mas nunca saio do lugar
    Até um poste de concreto
    Eu vejo me ultrapassar
    E quando falam de passado
    Me sinto um louco a delirar
    Nunca passei daquela esquina
    Quem mandou acreditar

    Ah, eu fiquei...

  • Mama Palavra

    Autores: João Bosco-Francisco Bosco

    Se disparada pelo amor
    Palavra-bala
    Na boca do ditador
    Toda palavra cala
    Ô, mama
    Cala palavra
    Ô, mama, ô, mama
    Mama palavra

    Quando não se quer ouvir
    Palavra-mala
    Quando não se faz sentir
    Pobre palavra rala
    Ô, mama
    Rala palavra
    Ô, mama, ô, mama
    Mama palavra

    Em volta da mesa do bar
    Palavra-porre
    Se o tédio me assaltar
    Palavra me socorre
    Ô, mama
    Cada palavra
    Ô, mama, ô, mama
    Mama palavra

    Se gritar pega ladrão
    Palavra corre
    Quando não se tem tesão
    Toda palavra morre
    Ô, mama
    Morre a palavra
    Ô, mama, ô, mama
    Mama palavra

    Mãe de todos nós
    Dos sem mãe
    Dos sem voz

    Na fala do policial
    Palavra-malha
    No Distrito Federal
    Toda palavra encalha
    Toda palavra encalha

    Aquela que não funcionar
    Palavra-falha
    Aquela que não se juntar
    Vira palavra-tralha
    Tralha

    Quando tudo fala igual
    Palavra-palha
    Pra tudo que é marginal
    Palavra que batalha
    Palavra que batalha

    Aquela que não funcionar
    Palavra-falha
    Aquela que não se juntar
    Vira palavra-tralha
    Tralha

  • Doce Sereia

    Autores: João Bosco-Francisco Bosco

    Falo de ti
    Dama que nunca se viu
    Nunca o teu nome
    Alguém já repetiu
    Fada ou sereia
    Em mil carnavais
    Ela jamais
    A mesma máscara vestiu

    Falo de ti
    Sempre passeias aqui
    No calçadão
    Da praia de Aparição
    Deusa de areia
    Quem nunca te viu
    No branco mar
    Que a tua imagem refletiu

    Ô, beleza
    Por que sambar assim?
    Sem repetir nem
    Um só passo
    Sem chão
    Num compasso sem tempo
    Sem ter um fim

    Ô, beleza
    Por que te amar assim?
    Boca que beija
    Sem os lábios
    Teus olhos fechados
    Olham pra mim

    Pra te encontrar
    Quanto terei que andar
    Quanto sofrer
    Quanto saber
    Que você não virá
    Pra te deixar
    A quem dizer adeus?
    A minha voz
    Repetirá os gritos meus

    Quero te ouvir cantar
    Doce sereia
    Vou me deixar levar
    Por amor

    Vamos juntos nadar
    Na maré cheia
    Quem não morre no mar
    Morre na areia (2x)

    Vênus, Iemanjá
    Que rosto esconderá
    O véu dos nomes que tentam dizer
    O que não se pode ver, não
    Vamos viver nós dois
    Sem antes nem depois
    Pingos de chuva entre a nuvem e o chão
    Esse é o nosso enredo

    O que eu quero é sambar
    Venha ser o meu par
    Eu peguei tua mão
    Pra nunca largar
    Pra nunca largar

  • Castigado Coração

    Autores: João Bosco & Francisco Bosco

    Eu tive um sonho agora e vi
    Nos olhos da escuridão
    Teu rosto claro, amor, surgir

    Tu tinhas na palma da mão
    Eu choro só de me lembrar
    Meu castigado coração

    Nos braços teus a definhar
    Vi minha amada padecer
    Roguei a Deus pra me cegar

    Mas tu fizeste ela comer
    Meu castigado coração
    E então no céu foi se perder

    Vão pássaros dessa canção
    Achar alguém pra redimir
    A noite surda da paixão

  • Ditodos

    Autores: João Bosco & Francisco Bosco

    Quem planta fogo
    Colhe pé de queimadura
    Põe na boca a fruta dura
    Professora do falar

    Palavra é feito
    Uma moeda condenada
    Pra cunhar se gasta tudo
    Pra vender não vale nada

    Quem vem de lá ?
    É uma voz, deixa entrar
    Quem te mandou ?
    Isso eu não posso te contar
    Que quer aqui ?
    Eu vim me oferecer
    Que que cê faz ?
    Eu sei me presentear
    Que que ce dá?

    Pisadeira
    Cobra-encantada
    Folha de gravatá
    Mãe da lua
    Olha pra água
    É o calango do mar
    Porco-preto
    Rastro de vento
    Lâmpada de apagar
    Mãe da lua
    Olha pra água
    É o calango do mar

    A vida é longe
    Não conheço outro atalho
    Tem trabalho prazeroso
    Tem prazer que dá trabalho

    Avisa lá
    Pode dizer que eu tô trocando
    Vinte pássaros na mão
    Por um só pássaro voando

    Quem vem de lá?...

    Pé de caixeiro é bola de cristal
    Carta marcada de tanto andar
    Esse jogo quem viver, verá

  • Flor de Ingazeira

    Autores: João Bosco & Francisco Bosco

    Do seu amor todos os males já sofri
    Na água-seca da insônia eu bebi
    Perdi a fome de tanto comer a dor
    Sol que persegue o retirante aonde for

    Seu amor
    Areeiro
    Seu amor
    Mossoró, Juazeiro
    Seu amor
    Aonde for

    No mapa das manhãs paradas do amor

    Cariri
    Cumeeira
    Seu amor
    Caicó, flor de ingazeira
    Seu amor

    Os dias mancos vão caindo no chão
    As horas cantam sempre o mesmo bordão
    Quem responde essa simples questão:
    Quantos dentes terei que beijar
    Pra que um dia do gosto dos lábios
    Possa desfrutar

    Do seu amor todos os males já sofri
    Do seu amor só seu amor não conheci

  • Beirando a Rumba

    Autores: João Bosco & Francisco Bosco

    Grande cambará-preto
    Sabor de sarrabulho soou
    No gogó
    Som de balafon seco
    Na boca a pororoca explodiu
    Tororó

    Ê ê ê ê ê
    Aiaô aiaô aiaô aiaô
    Aeaê aeaê aeaê aeaê
    Aeaô aeaô aeaô aeaô

    Beirando a rumba
    Cheirando a Cuba
    Regando a tumba
    Umbando a banda
    Mambando a cobra
    Dobrando Havana
    Hablando o ganzá
    Zanzando por lá
    Cavando o baú
    Caçando urubu
    Na praia, na praia...

    Minha sabedoria é um punhado de segredos mortos.
    O que descobri até hoje, os tesouros que roubei,
    nenhum deles brilhou mais do que um único dia,
    um único momento.
    Depois despenca uma cascata de sombras,
    e uma enxurrada noturna leva o ouro dos meus dias.
    Os dias, que eu saiba, não há um sequer
    que não tenha anoitecido.
    Isso é toda minha sabedoria.
    Mas minhas noites, com seus martelos escuros,
    esculpiram meu ser e fizeram de mim uma flecha.
    Nada sei, mas de nada mais precisaria.

  • Siboney

    Autores: Ernesto Lecuona-Dolly Morse

    Siboney
    Yo te quiero
    Yo me muero por tu amor
    Siboney
    En tu boca
    La miel puso su dulzor

    Vem a mi
    Que te quiero
    Y que todo tesoro eres tu para mi
    Siboney
    Nada fica
    Por que tu ficaste em mim?

    Siboney
    Passo os dias pensando um dia
    Poder te ver
    Outra vez
    Siboney
    Como um dia
    Me diga, eu podia
    Te esquecer?

    Siboney
    Sei devia deixar o engano
    Do nosso amor
    Siboney
    Mas no amor já se engana
    Quem acha que ama
    E não terá dor

    Passa o tempo
    E nada fica sempre igual
    Nada passa
    E tudo fica sempre igual

  • Cego Julião

    Autores: João Bosco & Francisco Bosco

    Lá nas Mercês
    No portal da igreja
    Ficava o cego Julião
    De sol a sol
    À sombra do mundo
    Uma caneca e um violão
    Rogava só por caridade
    Dizia assim aos cristãos
    Dizia: abençoado seja
    Quem dá ao pobre cego um pão
    Quem dá um canto, uma palavra
    Pra eu tocar meu violão
    Quem dá um canto, uma palavra
    Pra eu tocar meu violão

  • Dia de Festa

    Autores: João Bosco & Francisco Bosco

    Sol, porta-voz da manhã
    Hoje acordei num altar
    Benção no ar
    É dia de festa
    Tá no Redentor
    Nos aviões
    Nos corações
    Hoje até os mais ateus
    Vão jurar
    Vão jurar que estão num
    Sonho de Deus
    É dia de festa
    Tá no celular
    Tá no jornal
    Tá no andar
    Se acabar o mundo eu tô
    Nem aí
    Eu tô nessa festa

    Manda a barafunda
    Sarabandar
    Fuzuê
    Tererê
    No bafafá
    Ramo de Hosana
    Pra saravar
    Me benzer
    Muzambê
    Aleluia

    Nada pula mais
    Que alegria e esperança
    Peço pro meu santo
    Pra me embalar
    Só carola reza pra Deus que não dança
    Música é o pão que não pode faltar
    A tristeza é faca
    Que não tem cabo nem ponta
    Calundú
    É coisa de espantar
    Vem amor
    Pro calor
    Laça, me abraça
    Deixa o teu corpo falar
    Vem beber
    Do prazer
    Na minha taça
    É dia de festa

  • Amar, Amar

    Autores: Cole Porter

    Juntos, nós dois
    A sós no jardim do amor
    Noite
    Calma no Céu
    Só agora entendi
    A razão de ser
    De estar aqui
    Amar, Amar
    Por você sofrer
    Por você sorrir
    Amar, Amar
    Uma estrela-guia nasceu
    No meu coração
    Quando eu entendi
    A razão de ser
    De estar aqui
    Ser pra sempre
    Seu

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